Mindful eating: tudo sobre a alimentação consciente

Como está a sua relação com a comida? A correria do dia a dia, os inúmeros compromissos e outros afazeres distanciaram as pessoas dos alimentos. Atualmente, virou um hábito apenas engolir as refeições, sem ao menos prestar atenção no que está prestes a entrar no próprio corpo.

O mindful eating entra em cena para reverter a sensação e resgatar o bom relacionamento que as pessoas devem ter com os alimentos. A partir da prática, é possível sentar-se à mesa sem a presença do celular, avaliar os itens escolhidos para compor as refeições, entre outros detalhes que costumam passar despercebidos.

Se, assim como nós, você deseja mudar esse comportamento prejudicial, está no conteúdo certo. Neste post, compartilhamos tudo sobre o mindfulness e como colocá-lo em prática. Continue a leitura e confira!

O que é mindful eating?

O mindful eating propõe que os sentidos sejam envolvidos nas refeições, ou seja, você realmente sente, enxerga e degusta o que está comendo. Ao ter consciência plena nesses momentos, uma pessoa melhora o relacionamento que possui com a comida e conhece melhor o próprio corpo.

Pessoa segurando um copo com smoothie (shake de frutas)

A longo prazo, a prática garante que melhores escolhas sejam feitas e os sinais de fome e saciedade sejam realmente reconhecidos. Inclusive, de acordo com uma pesquisa da Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, o mindful pode melhorar quadros de compulsões alimentares e outros distúrbios.

O conceito foi introduzido por Jon Kabat-Zinn, um médico e professor. Ao usar a técnica como método terapêutico, os pacientes apresentaram melhora da saúde mental e outros aspectos.

Gostou da prática? Que tal incluí-la introduzindo na sua rotina alimentos que aumentam a imunidade. Lembre-se que não é necessário mudar tudo de uma vez, então comece aos poucos e com pequenas alterações.

Quais são os benefícios?

O mindfulness oferece uma série de benefícios, sendo eles:

Pessoa mordendo maçã
  • Maior controle sobre o próprio corpo;
  • Garante que melhores escolhas alimentares sejam feitas;
  • Conexão entre ser humano e comida;
  • Autoaceitação;
  • Redução de problemas alimentares, como a compulsão, por exemplo;
  • Reconhecimento da saciedade;
  • Contribui para maior saúde mental e qualidade física;
  • Insere novos hábitos saudáveis, como o desejo de encontrar formas para começar a se exercitar.

Como funciona o mindful eating na prática?

Ao compreender o que é mindful eating, sabemos que parece difícil incluir o conceito. A boa notícia é que existem formas de inseri-lo na sua rotina. Trata-se de estratégias práticas e fáceis de serem entendidas. Confira quais são elas:

Tigela com salada de frutas picadas

Questione se está mesmo com fome

Toda vez que for se alimentar, é necessário questionar se está mesmo com fome ou se aquele desejo está relacionado a algum outro sentimento, como ansiedade e nervosismo, por exemplo. É importante ressaltar que o intuito não é ignorar as sensações, mas sim saber interpretá-las.

Se, após o questionamento, você perceber que está realmente com fome, escolha um alimento e se delicie com ele sem medo ou culpa. Afinal, não estamos falando de comer menos para perder peso ou algo do tipo.

Percebeu que não está com fome? Então, tente encontrar o real motivo para a sensação ter surgido. Algumas vezes, alguns acontecimentos passam despercebidos e olhar com calma para eles é crucial para a resolução.

Conecte-se com os alimentos que consome

Parece algo bobo, mas criar uma conexão com os alimentos é um dos passos mais importantes no mindful eating. Para isso, identifique o máximo de informações sobre o prato em questão, como detalhes de onde ele veio, se é realmente saudável, onde foi cultivado e outras perguntas relacionadas à trajetória.

Esse pequeno exercício ajuda a compreender se os alimentos consumidos são realmente bons para a sua saúde. Com o passar do tempo, a estratégia faz com que você prepare as próprias refeições, optando menos por comidas industrializadas ou cheias de ingredientes que prejudicam o seu bem-estar.

Elimine distrações

Você costuma comer assistindo TV, acessando redes sociais ou lendo? Esse tipo de hábito te afasta dos alimentos e não permite que perceba os detalhes sobre eles. Por isso, afaste-se das telas e de tudo aquilo que não te deixa viver por completo esse momento.

Pessoa segurando uma tigela branca com kiwi picado com sementes e castanhas

Quando as distrações são eliminadas, você percebe com mais facilidade a sensação de saciedade e compreende os ingredientes que compõem suas refeições. Caso também queira iniciar alguma atividade física, confira as dicas que compartilhamos sobre como melhorar o condicionamento físico.

Trabalhe a sua visão

O passo de trabalhar a visão está relacionado ao de se conectar com eles. Isso porque, aqui, a ideia é começar a comer com os olhos, entendendo quais cores estão presentes no prato, quais são os itens que o formam e se realmente são bons.

Tente montar pratos coloridos com frutas, legumes e carnes, tudo preparado com temperos e especiarias naturais.

Use o olfato

Você já fechou os olhos durante uma refeição e sentiu o que estava comendo? Faça isso enquanto se questiona das seguintes informações:

  • O aroma desse prato me faz realmente ter vontade de comê-lo?
  • Posso identificar os alimentos apenas pelos cheiros?
  • Se eu não tivesse visto, o meu desejo seria o mesmo?

Assim como a técnica da visão, o olfato também permite que melhores escolhas sejam tomadas.

Dicas para inserir o mindful eating na sua rotina

Agora que entendeu como o mindful funciona na prática, listamos dicas sobre como colocá-lo em ação. São opções fáceis e que podem ser inseridas a partir de agora, se desejar.

Mesa com alguns pratos de frutas, pão integral, sucos e geléias

Coma devagar

Em média, cada refeição deve durar 20 minutos, por isso, se come sempre em menos tempo, chegou o momento de colocar algumas técnicas em prática, sendo elas:

  • Mastigue bem e engula apenas quando sentir que os alimentos estão bem triturados;
  • Atente-se à respiração durante toda a mastigação;
  • Faça pausas sempre que colocar uma nova leva de comida na boca, deixando os talheres apoiados na mesa;
  • Após algumas garfadas ou colheradas, tente diminuir a quantidade de comida.

Sente-se na mesa

Lembra que falamos que é necessário eliminar as distrações? Sentar-se à mesa é o primeiro passo para conquistar a recomendação. Sabemos que nem sempre é possível ter uma mesa à disposição. Quando isso ocorrer, tente apenas parar enquanto se alimenta.

Pessoa segurando garfo e retirando macarrão, ao lado, prato com salada

Sinta o alimento

Você costuma sentir a textura do alimento? Se não tem esse hábito, tente incluir na rotina os passos a seguir:

  • Sinta a comida na boca e a mudança de textura que ocorre durante a mastigação;
  • Identifique se o alimento está quente, morno ou frio;
  • Analise se aquele prato é duro, cremoso ou líquido;
  • Entenda se é uma comida fácil de mastigar ou se é necessário quebrá-la, como ocorre com uma maçã, por exemplo;
  • Compreenda se a textura te agrada ou remete boas sensações.

Caso já tenha hábitos saudáveis e pratique exercícios, indicamos que conheça alimentos que ajudam na hipertrofia.

Identifique as emoções

Assim como falamos em outro momento, as emoções podem te fazer querer comer sem fome. Mas, além disso, os alimentos podem te fazer compreender melhor os próprios sentimentos. Basta fazer as seguintes perguntas:

  • Ao comer, você sente culpa ou alguma outra emoção? Se sim, tente entender por qual motivo aquela sensação veio à tona.
  • Você comeu porque está realmente com fome, ou sente que é um refúgio para enfrentar o estresse, ansiedade, tristeza ou outro sentimento?

Se conseguiu identificar emoções, a ideia é compreendê-las e reconhecer se elas surgem com frequência ou apenas em momentos específicos. Para as pessoas que sentem que se trata de algo mais sério, indicamos a busca de ajuda psicológica.

Elimine a culpa

A culpa ao comer é comum, principalmente em pessoas com distúrbios alimentares. Entendemos que não é fácil eliminar essa sensação, mas é importante entender que aproveitar cada garfada da sua comida é crucial para melhorar o relacionamento que você possui com os alimentos.

Permita-se sentir o gosto e a alegria de saborear o seu prato preferido. Para te ajudar a dar adeus a essa culpa, iniciar algum tipo de atividade pode ser uma excelente escolha. Comece com pequenos exercícios, como fazer ginástica funcional em casa.

Agradeça

Para encerrar, agradeça sempre pelo alimento que está prestes a comer e pela dádiva de poder comprar o que sente vontade. No ato de agradecimento, pense em todo caminho que o alimento percorreu para chegar até você, isso ajuda a criar uma melhor conexão com os ingredientes.

O que fazer quando ocorrer exageros?

Exageros ocorrem e está tudo bem. Por exemplo, nas festas de fim de ano, você pode comer livremente e sem medo de ser feliz, afinal, um dia não será capaz de te fazer engordar, perder os resultados conquistados na academia ou mudar totalmente o seu corpo.

Lembre-se de priorizar o seu bem-estar e felicidade. Então, se determinada refeição é importante, coma sem pensar em punições. Amanhã é outro dia e escolhas melhores poderão ser feitas!

Agora que finalizou a leitura, esperamos que tenha compreendido que o mindful eating é sobre equilíbrio e autoconhecimento. Por isso, foque em você. Caso ainda tenha dúvidas ou queira compartilhar sua experiência ao viver o conceito na prática, use os comentários. Vamos adorar acompanhar sua história.

Por aqui, estamos preparando mais conteúdos sobre hábitos saudáveis. Continue acompanhando o blog para ler tudo em primeira mão. Mas, enquanto isso, que tal conferir os benefícios da mobilidade articular? Dentre as vantagens, estão a melhora da postura e a conquista de mais equilíbrio.

Boa leitura e até mais!

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Leonardo Ferrari

Me chamo Leonardo Ferrari, e desde muito cedo tive a certeza que a fisioterapia era meu caminho. Sou formado há quase 20 anos pela
Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, especialista em Gerontologia e Saúde do Idoso pelo Instituto de Administração Médicas e Ciências da Saúde do Rio Grande do Sul, e fisioterapia esportiva pelo Centro Universitário do Paraná –  Uninter. Durante minha trajetória profissional, pude vivenciar a rotina hospitalar e de consultório; porém ao longo da jornada senti a necessidade de contribuir na melhora da qualidade de vida das pessoas, pois muito daquilo almejava fazer, não atingia meus objetivos, ante a ausência de itens direcionados.

Foi assim que uni a minha formação com o empreendedorismo herdado da família; oferecendo uma visão sistêmica a partir dos princípios da fisioterapia, despertando a vontade da prática de atividade física com prazer e satisfação. 

Estamos vivendo uma era de mudanças comportamentais, buscando não somente a recuperação física, como a prevenção de doenças, autoestima e alcançando a tão sonhada qualidade de vida e longevidade. Convido vocês a embarcar juntos nessa jornada de evolução entre corpo e mente. Vamos? 

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